O FUNDADOR

O senhor Manuel da Costa Nogueira Ferreira Marques, falecido em 12/01/2020, era natural da então freguesia de Santa Vitória (agora União freguesias de Santa Vitória e Mombeja), concelho de Beja.

Na génese da Fundação Manuel Nogueira Marques esteve o seu desejo de por testamento, no Hospital Distrital de Beja José Joaquim Fernandes, legar parte substancial dos seus bens moveis e imoveis e todos os seus dinheiros e direitos financeiros, para fins de natureza social.

Para tanto foi sua vontade a instituição de uma Fundação que comportasse o seu nome, no intuito de complementar as respostas sociais existentes na dita localidade de Santa Vitória, onde nasceu e cresceu, e residiu até ao seu referido óbito, uma freguesia portuguesa do concelho de Beja, com 111,32 km² de área e 784 habitantes (Censo de 2021 da União de freguesias).

Ainda em vida, como não tinha ascendentes nem descendes e familiares próximos, como era uma pessoa de livre pensamento, dedicado a leituras e atento aos problemas da sua terra natal e do país, pensou em várias formas de intervenção, centradas na ideia geral de auxiliar as famílias e as pessoas mais desfavorecidas, auxiliar instituições de beneficência e solidariedade social da povoação de Santa Vitória, criando e/ou complementando algumas estruturas ou serviços já existentes.

Tendo presente uma contribuição para o preenchimento de lacunas em termos de respostas sociais reconhecidas na localidade de Santa Vitória, nos estatutos, tece orientações sobre a atividade preconizada, resultantes de uma avaliação da situação por si bem conhecida da localidade.

Em face da alavancagem doutros apoios que poderia induzir, o testador em vida, por via do Testamento, optou pela instituição de uma Fundação, ao abrigo da Lei nº 150/2015, de 10/09, na vertente fundação para fins gerais.

Manuel da Costa Nogueira Ferreira Marques, testador, Fundador da “ Fundação Manuel Nogueira Marques” foi sempre uma pessoa trabalhadora que ao longo da sua vida não evitou sacrifícios pessoais para construir um pequeno património, fruto da sua dedicação ao meio rural, agricultor que não se coibia de trabalhar arduamente no campo desde o romper do dia até ao pôr-do-sol.

Amealhando os frutos do seu trabalho, foi ao longo da sua existência comprando pequenas parcelas agrícolas, anexando às que já detinha, tratando de forma dedicada os seus terrenos e culturas, uma paixão pelo campo e pela ruralidade que era bem conhecida por todos os habitantes da localidade de Santa Vitoria.

Sempre disponível para ajudar quem o procurava, era uma pessoa com elevados princípios morais e de honradez, para quem a palavra dada valia mais que qualquer documento notarial por si assinado, “ honrar a palavra dada” e que “nada na vida se consegue sem trabalho, sacrifício e dedicação”, eram alguns dos lemas que sempre pautaram a sua vida.